O uso indiscriminado de cosméticos em crianças pode resultar em diferentes tipos de alergias e doenças, que podem ocorrer desde coceiras e vermelhidão até dermatites agudas e, até, conjutivite. Isto, porque, quando pequenos, a pele é mais fina e tem menos proteção natural, o que, consequentemente, a deixa mais propensa a infecções e processos alérgicos.
Caracteriza-se por cosméticos todos os produtos resultantes de preparações construídas a base de substâncias de uso externo com o objetivo de limpar, perfumar, alterar a aparência, corrigir odores corporais, proteger e/ou manter em bom estado a pele, unhas, pelos e mucosas. Contudo, por mais inofensivos que eles aparentem ser, não devem ser compartilhados com crianças.
Nem mesmo um batom doutora? Nem isso!
Eu sei que o uso de cosméticos em crianças, principalmente nos seguimentos de maquiagens e esmaltes, está cada vez mais precoce (por interesse partindo das pequenas mesmo) – afinal, que menina não quer se lambuzar de batom e pintar as unhas?.
Todavia, uma coisa é preciso entender: a pele da criança é diferente da do adulto. Logo, os produtos destinados a um não podem ser reaproveitados nos outros.
Confira algumas orientações que preparei:
- Todo produto dermocosmético destinado a crianças deve ter o registro da Anvisa estampado na embalagem. Como identifica-lo: eles começam com as iniciais “MS”, “ANVS” ou com o nome ANVISA, seguido de um número contendo entre 9 e 13 digitos, que SEMPRE começa com o número 2;
- As maquiagens destinadas ao público infantil são feitos a base d’água, o que significa que devem sair somente com o uso de água, justamente para não expor a criança ao uso de demaquilantes agressivos;
- Os riscos de infecção e reações alérgicas são maiores em crianças de até sete anos. Após esta idade, os produtos podem evoluir pala soluções hipoalergênicas;
- Dê preferência aos produtos neutros, sem perfumes e com o mínimo de corante;
- O uso de maquiagem e esmalte, por serem cosméticos com altas concentrações de conservantes, deve ser desestimulado, mesmo que específicos para o público infantil. O mais interessante é cuidar para que a criança tenha este contato mais tardio, a partir da adolescência, que é quando a pele já está mais preparada para receber o produto;
- Mesmo que o produto seja destinado a crianças, em casos de coceiras e irritações da pele, o responsável deve substituir o uso imediatamente e buscar ajuda médica.
Tratamento
O tratamento das alergias e dermatites dependerá de qual área foi atingida, além da gravidade do trauma. Normalmente são utilizados anti-inflamatórios, antialérgicos de uso sistêmico e compressas com soro.
A visita ao dermatologista é imprescindível, assim como ao alergologista.
Lembre-se sempre: a automedicação incorreta pode fazer com que a área irritada evolua para casos mais críticos.
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